No dia 18 de Outubro tivemos uma nova palestra. Dessa vez, saímos da sala de aula e fomos para o ateliê: nada mais oportuno porque, afinal, o tema da conversa com Ernesto Bonato foi a própria prática artística, e de como, no seu ponto de vista, as várias posturas do artista enquanto ser influem ou determinam essa prática.
Uma das coisas de que tratou foi a própria natureza do conhecimento. Para Ernesto, é um erro dissociar o conhecimento lógico/mental do sensível/corporal. Na prática artística (assim como o deveria ser em outras áreas) esses dois tipos de conhecimento não se dissociam, mas se complementam. O conhecimento é mais significativo quando provém da própria experiência, do fazer, do investigar e refletir, no lugar de exclusivamente prezar pelo conhecimento teórico, a pesquisa bibliográfica.
Como exemplo ele citou sua experiência com autores de livros sobre técnicas de pintura. Ao consultá-los, percebeu que muitos autores nada mais faziam que repetir uns aos outros, ou seja, o conhecimento dos livros nesse caso é restrito - o que o enriquece o conhecimento é o próprio fazer.
Esse encontro nos fez refletir sobre a prática artística em um enfoque muito mais amplo; não o que diz respeito somente à prática em ateliê e os conhecimentos que ela envolvem, mas a postura do artista enquanto Ser.
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