17 dezembro 2013

Largofolhas - Gravuras para o Ar Livre


Nos dias 13 e 14 de dezembro, realizamos na Praça do Coco (Campinas-SP) a montagem experimental do projeto Largofolhas.





Queríamos saber e entender como as gravuras iriam se comportar na praça, se a nossa idéia de montar as gravuras ao ar livre daria certo, e principalmente, como elas iriam interagir com o espaço, seus elementos e as pessoas.

Começamos com as gravuras da Luciana Bertarelli, que foram coladas em uma passarela de cimento.












As imagens foram colocadas no caminho de quem passa pela praça, e a interação é inevitável, seja pela dúvida sobre "pisar ou não", seja pela inquietação do que será aquilo, até o deleite de pisar descalço e sentir o papel colado, impresso, aderido ao cimento, envolvendo os pés com sombras e cores.
As crianças, inteligentes e surpreendentes, brincaram de amarelinha nos quadrados de folhas e silhuetas.






Os trabalhos de Marcio Elias foram pendurados nas árvores. 




As estruturas de bambu e linhas deram volume às gravuras impressas em tecido, transformando-as objetos suspensos, à procura de um lugar para se encaixarem.




A transparência do tecido e das cores (essas, familiares ao espaço da praça) propunha uma interação entre os recortes das imagens impressas e os recortes de céu entre as folhas e galhos.




As estruturas em forma de paralelepípedo tinham como referência as bandeiras de mastro de São João. Mas também lembram pipas, lanternas japonesas...







A árvore de Simone Peixoto foi para a praça, para junto das suas. 


Muito leve e transparente, deixa-se ver e entrever, através de si, o que está adiante. E fica mais bonito. Através da árvore-véu o olhar se modifica, vê-se algumas coisas e não se vê outras. 





 Ora vemos a gravura, ora as folhas, ora o céu, vem o vento e a árvore gravura voa.











E de lambuja, Simone Peixoto levou sua coleção de insetos para uma voltinha na praça. Com a ajuda dos amigos (e amiguinhos principalmente) as tanajuras, cigarras, marimbondos, foram colados por todos os lados (alguns mais do que outros, no Pau-Ferro, nas mangas...). Os pacotinhos de insetos colantes foram disputadíssimos!

















Nós achamos que gravura ao ar livre dá certo, tem tudo a ver com nosso trabalho como educadores e artistas. Praça, pessoas passando, crianças, curiosidade, tempo livre, a gravura adora essas coisas, alimenta-se dela.

Agradecemos imensamente à Pedro Hurpia e Iara Rolim, pelo empréstimo do talento fotográfico. Ao Thiago Fernandes, pela dedicação incondicional. E a todos os amigos que curtiram, prestigiaram, visitaram, tomaram um café com a gente e acompanharam esse trabalho até aqui! 

Obrigado!



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